Nossa Senhora da Assunção e São José


23 de Julho

Predestinada desde a eternidade junto com a Encarnação do Verbo Divino como Mãe de Deus, por desígnio da Providência Divina, a Bem-aventurada Virgem Maria foi nesta terra a sublime Mãe do Redentor, singularmente mais que os outros, sua generosa companheira e humilde serva do Senhor. Ela concebeu, gerou, nutriu a Cristo, apresentou-o ao Pai no templo, sofreu com seu Filho que morria na cruz. Assim, de modo inteiramente singular, pela obediência, fé, esperança e ardente caridade, ela cooperou na obra do Salvador para a restauração da vida sobrenatural das almas. Por tal motivo ela se tornou para nós Mãe na ordem da graça. A  memória da Bem-aventurada Virgem Maria Mãe da Divina Graça, no Carmelo remonta que a celebração da oitava nas grandes festas é de inspiração bíblica, encontramos no antigo testamento prescrito para a festa dos Tabernáculos e na festa da Dedicação do Templo, porém este costume foi transferido ao cristianismo só no século IV, onde se reservava um período de alegre retiro nas festas da Páscoa, Pentecostes, e no VIII século acrescentou-se a oitava de natal. Já na Idade Média as oitava passaram a ser celebradas nas principais festas das Igrejas particulares e das Ordens religiosas. Sendo a oitava da Solenidade de Nossa Senhora do Carmo, oito dias de alegres liturgias segundo a festa celebrada, partindo do dia 16 de Julho conta-se oito dias ai teremos o dia 23 que é dedicado a memória de Nossa Senhora Mãe da Divina Graça. Assim passaram os Carmelitas a terminar a oitava da festa do Carmo com esta comemoração, que vem das antigas ladainhas marianas que invocavam a Mãe da Divina Graça.

 

Referências:

BOAGA, Emanuele, Celebrare i nostri santi, Edizione Carmelitane: Roma, 2010

 - Senhora do Lugar: Maria na história e na vida do Carmelo, Editora do Carmo: Paranavaí, 1994.

Missale Carmelitanum, Ordinis Fratum Beate Merae Virginis de Monte Carmelo: Rome, 1935.